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25.12.14

Todas as crianças crescem? Conheça tudo por trás da história de Peter Pan!!!

“Todas as crianças crescem, menos uma”- Sir James Matthew Barrie.
A criança que Barrie se refere é a que nós conhecemos como Peter Pan, personagem de uma das mais belas histórias infanto-juvenil produzida pela Disney na década de 50. Um menino que vive em um lugar chamado “Terra do Nunca”, que fica fora do plano humano de existência, e que, como espaço de fantasia e utopia, possibilita a realização de uma combinação: a criatividade e a natureza. O menino é apresentado de forma a idealizar a eterna infância, pois ele decidiu não crescer (será que decidiu? veremos mais a frente), e de tal contato com esse novo universo tornou-se capaz de voar. Poucos sabem, mas toda a obra se originou de personagens e fatores externos reais vividos pelo autor que, diferente do “inocente” conto, guarda muito mistérios.
A obra:
“Peter Pan” já aparece nas histórias de J.M. Barrie desde 1902: primeiro como o menino que vivia nos jardins de Kensington (atual parque Kensington, em Londres, que abriga a famosa estátua de Peter tocando flauta, exatamente no mesmo local do pouso do menino voador indicado pelo livro). Em 1904 o autor lança a peça The Boy Who Wouldn't Grow Up (O Menino Que Nunca Quis Crescer, em português) e só em 1911, então, é que é publicado o romance “Peter e Wendy” ou simplesmente “Peter Pan”. No Brasil, Monteiro Lobado apresenta o personagem a seus leitores em 1930 integrando o garoto ao cenário do famoso Sítio do Picapau Amarelo (sempre achei o personagem Pedrinho com características muito próximas das de Peter Pan, alguém tem a mesma opinião?). Em 1953 a Walt Disney transformou toda a história em um longametragem infanto-juvenil que popularizou o nome e o personagem no mundo todo.

O autor: James Matthew Barrie, foi escritor e dramaturgo britânico, nascido na escócia em 1860, filho de um “fiandeiro” (algo quê se assemelha nos dias de hoje a costureiro ou alfaiate) e uma dona de casa. O casal teve dez filhos e Barrie foi o nono, era chamado carinhosamente de “Jamie” pelos familiares. Quando criança, seu irmão David (filho preferido dos pais) morreu com um acidente de patinação e sua mãe caiu em depressão. Barrie tentou conseguir a afeição da mãe vestindo as roupas do falecido irmão, mas sem sucesso. A obsessiva atitude da mãe para com o irmão marcaria a vida de Barrie, fazendo com que ele saísse de casa muito cedo: aos 13 anos ele se mudou para Londres e deu início a sua formação. De início trabalhou como jornalista depois virou escritor e dramaturgo. Casou-se em 1894 com uma bela atriz, mas não teve filhos, pois possuía disfunção erétil, vinte anos depois vinha a se separar. O filme Em Busca a Terra do Nunca (Estados Unidos, 2008) conta parte da vida de James Barrie e como se deu a inspiração para a produção de sua mais famosa peça. Acredita-se que o escritor se inspirou na amizade com os filhos de Sylvia Davies, uma dona de casa a quem conheceu por acaso na vizinhança, para criar o mundo mágico da Terra do Nunca. Barrie tinha relações muito próximas a família Davies, Arthur (que não gostava nada da presença do escritor em sua casa) e Sylvia Davies eram pais de cinco filhos: George, John, Peter, Michael e Nicholas (opa, gravem os nomes). O patrono Arthur faleceu com os filhos ainda criança. Sylvia, então viúva e também adoecida, recorre ao escritor que a ajuda financeiramente e assume a guarda das crianças após a morte desta (que aconteceu pouco tempo após a morte do marido).

A história: Como já citei ai pra cima a história surgiu inspirada em histórias que o autor contava ás crianças da vizinhança. J. M. Barrie gostava de dizer a George e a John que o irmão mais novo - Peter, podia voar! Mas será que é só isso mesmo?? Vamos analisar: A literatura infanto-juvenil da época, que tem uma tradição que vêm desde o século XVIII, é um gênero literário proveniente dos contos de fadas, que eram histórias que, por meio da tradição oral, traziam um caráter moralizante e pedagógico, de conteúdo artístico estimulando a construção de sentidos. Essas características estavam diretamente ligadas às necessidades burguesas e eram escritas para sedimentar valores através dos quais a sociedade da época se constituía. Normalmente os personagens criança eram frágeis e inocentes, feitos como estereótipos de pessoas que deveriam ser tomados como exemplo infantil. J.M. Barrie começa a quebrar as regras literárias de sua época quando passa a criar personagens “crianças” com atitudes consideradas adultas ou até mesmo impróprias para a juventude burguesa. Mas por outro lado creio que a observação certeira do autor era de abrir os olhos da sociedade para o movimento dos meninos de rua de Londres em meados de 1900: órfãos e bastardos que sobreviviam sob condições muitos desfavoráveis na metrópole, se submetendo a qualquer negócio para se alimentar e vestir, esses eram então os donos da verdadeira personalidade atribuída ao personagem principal da história de Barrie (lembremos que Peter e “os meninos perdidos” eram todos órfãos). A origem do conto se dá mesmo em Londres. Peter é o líder de um bando de garotos órfãos que cometem roubos (trombadinhas de primeira) para sobreviver (isso era realmente muito comum em Londres na época). Eles possuem um “tutor” que tecnicamente planejava os crimes, se chamava “James Gancho” (isso mesmo, GANCHO – “James Hook” - era o nome dele antes mesmo do cara ter o objeto adaptado no corpo! O próprio autor diz que “Gancho” não era seu nome primeiro e nem o verdadeiro!!! E ahh reparem o nome “James” é o mesmo do autor. No livro “Cap; Hook – The adventures of Notorious Youth” J.V. Hart afirma que o nome do Capitão é “James Mathhew” e que sua vestimenta remetia ao Rei Carlos II), enfim, James é um ex mestre de armas que recrutava garotos de rua para a bandidagem. Em um roubo encomendado por uma seita secreta a uma loja de antiguidade, James e os meninos encontram um objeto muito valioso, um “globo” semelhante ao que entendemos como uma bola de cristal e que, depois de um descuido do próprio James (num momento de curiosidade leiga, deixa o objeto cair) onde choque do objeto ativa um campo magnético que o leva (juntamente com o bando todo) a Terra do Nunca! Em primeira estância, o local de chegada dos forasteiros é, coincidentemente ou não, um lago congelado (creio que o lago represente o ponto crucial: a morte do irmão de J.M. Barrie). Os meninos e seu tutor caem em locais separados uns dos outros, grande parte são encontrados por Piratas e outros dois deles, incluindo Peter, é resgatado por Índios da terra mágica. James Gancho, sendo astuto, rápido consegue uma posição de destaque entre os piratas e compartilha de suas ambições (principalmente a de possuir o pó mágico que o faça voar e se tornar “um Deus” entre os homens). Originalmente o Navio era comandado por outro capitão (capitã néh!) uma mulher que se engraçou com Gancho, ela foi quem o apresentou todas as possibilidades ambiciosas da Terra do Nunca. Do outro lado, Peter conheceu a Terra do Nunca através dos ensinamentos Indígenas, que respeitavam os espíritos e toda a natureza. Na primeira possibilidade, o garoto e seu companheiro decidiram resgatar os colegas das mãos dos piratas. Peter obteve sucesso e assim uniu novamente a “trupe” dos meninos de rua, agora na Terra do Nunca, porém James Gancho, seu tutor, se negou em se juntar novamente a eles e viver com os índios (ele queria mesmo era voltar para Londres com o pó mágico e dominar o mundo) sugeriu a Peter que se juntasse a seu propósito, o pedido também foi negado. Bom, assim já temos uma ideia de como se deu a rivalidade entre eles não é? Irei resumir para que a leitura não fique cansativa: Gancho se une aos piratas e planeja de todas as formas vencer os índios par capturar o pó dos espíritos. Peter e os meninos órfãos lutam ao lado dos índios. Em combate Gancho assume ter conhecido a mãe de Peter, e que nutria um amor por ela, por isso ele havia assassinado o marido, mas logo a mulher veio a falecer e a partir daí Gancho era “tutor” de Peter (interessante a história, visto a semelhança com os acontecimentos da vida real do autor). Peter, tomando ciência do acontecido acaba decepando a mão de Gancho no duelo... (forte isso para uma criança não é?... mas na disney ninguém conta esse fato). O pedaço do corpo do Capitão cai sob ás águas e um jacaré a come, juntamente com um relógio que possuía o retrato da mãe de Peter. O garoto também é ferido em combate, mas Sininho (a fada) o salva jogando-o na fonte dos poderes dos espíritos e é assim que ele ganha o poder de voar, porém, junto aos poderes ele recebe uma maldição: sempre esquecer, sentimento de solidão e ser confuso. A partir daí “Peter Pan” o então detentor do “globo mágico” (que alguns autores retratam como a pedra filosofal) pode ir e vir entre a Terra do Nunca e o nosso mundo. É quando ele conhece Wendy e a saga que conhecemos acontece.

Os personagens
Aproveitando o gancho (rsrsrs) do parágrafo anterior, começaremos falando do personagem mais complexo da história: James Gancho (isso mesmo, esse é o personagem mais interessante da história e não Peter, como todos pensam).
Gancho é um notório capitão pirata que comanda um navio chamado "Jolly Roger", ancorado em uma baía da Terra do Nunca. Como eu já disse acima, o Capitão possui a mão direita substituída por um gancho, após ter sido decepada em uma luta com seu então arque-inimigo Peter Pan. O crocodilo que comeu a mão do homem (depois apelidado de “tic-tac”) apreciou tanto seu sabor que veio a persegui-lo para devorar o que restou do corpo desde então. Por sorte, o relógio engolido juntamente com a parte do corpo, sempre alerta Gancho e o previne de ser devorado.
Gancho possui uma natureza ao mesmo tempo impiedosa e maligna, mas com certos sentimentos, como muitas vezes descrito no livro de J. M. Barrie, é arrependido de maltratar tanto os Meninos Perdidos (lembram-se da história da origem? James Gancho era o “tutor” dos meninos). No entanto, nos momentos em que ele se mostra mais cortês, parece ainda mais medonho. Gancho tem uma essência sombria, deprimida, e quando se encontra mais triste são nos momentos em que conversa sozinho (principalmente quando se refere a si mesmo na terceira pessoa), resultado de ser um homem muito solitário, ou ao estar junto à tripulação observando os humildes homens conversando entre si enquanto ele não se interage, mesmo possuindo uma mente brilhante e grande conhecimento para transmitir. Entretanto, é citado que esta característica foi adquirida em sua escola, o Colégio de Eton, pelo fato dos mais cultos (geralmente os alunos mais velhos) não se misturarem com os de conhecimento mais rudimentar, sendo estes a classe dos alunos mais jovens ou os atrasados, automaticamente excluídos. Embora ele se comporte dessa maneira, na realidade isso não se deve ao fato de sentir medo em se socializar, mas apenas de optar por não fazê-lo.
Surpreendentemente, ele é deprimido pelo fato das crianças não gostarem mais dele, e não gosta, de si mesmo, por essa razão ele se culpa. Outro motivo, é quando ele repara nas suas tendências narcisistas, atribuindo então que fosse melhor talvez nem ter nascido. As únicas vezes em que se sente feliz é quando ele enterra seu gancho nas tripas de alguém. Apesar de sua evidente maldade, ele possui um lado sensível e gosta de flores, principalmente rosas, aprecia música suavetoca cravo, flauta, gosta de Shakespeare e de poemas (especificamente aqueles escritos pelo estilo incomum dos Lake Poets), sendo também um ótimo contador de histórias.
Em política ele é um conservador. Ele costuma fumar charuto com uma espécie de objeto que possui um segurador duplo especial, de forma que ele pudesse fumar dois deles ao mesmo tempo.
O Capitão, afinal, não é só interessado em matar Peter Pan para tomar posse da Terra do Nunca, e por maior que seja o ódio por sua mão ter sido amputada, se orgulha pelo fato de ter sido substituída por seu gancho (no livro de James Barrie, há um momento no qual ele brinca com sua tripulação ao afirmar que, se tivesse filhos, queria que eles tivessem ganchos em suas mãos). Seu ódio por Peter Pan é anterior ao incidente e justificado pelo fato de Peter ser parecido com o pai verdadeiro, a quem Gancho tinha assassinado. Gancho é um homem corajoso, disposto quase sempre a cravar uma luta justa entre seus inimigos e, principalmente, não tem medo de enfrentar os perigos que se encontram a sua frente. A única coisa que ele teme é o crocodilo específico que o persegue (mas a frente falaremos dele) na Terra do Nunca, e uma vez na sua vida que se encontrou ferido e seu sangue estava com uma cor fora do comum, incluindo o fato de possuir certa fobia em relação a água (ele era sempre o último a deixar o navio). Enfim, James Barrie pode ter baseado Capitão Gancho em si mesmo, lembremos o primeiro nome de seu personagem (James Gancho), e também por citar várias vezes em entrevista que ele mesmo possuía um lado sombrio no seu interior. A verdadeira “musa” de inspiração para o Capitão Gancho foi o Capitão Ahab de Moby Dick, como afirma o próprio autor. Mas como ele costuma envolver seus leitores com um ar de mistério compulsivo e nos persuadir de que há muito além do que ele cita em suas asserções, podemos encontrar centenas de outras possíveis "musas" (como citei lá em cima o Rei Carlos II). Gancho também pode representar todos os pais que tentam tirar a infância dos filhos, aquele adulto que corre contra o tempo (lembre-se disso no final da análise) e que afirma que seu filho precisa crescer. 

Os Meninos Perdidos
Diz o livro, que os meninos perdidos são aqueles que caem do berço, em algum parque, ou na rua, sendo abandonados pelo descuido da baba ou a própria mãe. E então, são levados para a Terra do Nunca, onde são cuidados pelas fadas. Por não terem mães, não estão acostumados a obedecer, nem a ter suas obrigações, somente a Peter, o chefe do grupo. 
Mas como eu disse lá na história da origem de tudo, os primeiros Meninos Perdidos eram garotos de rua que viviam em Londres e que, por acaso, foram levados ao lugar mágico.
Os nomes deles são: Cabelinho; Bicudo, Piuí, Deleve e os Gêmeos (como ninguém sabe distinguir quem é quem, os dois são chamados assim). Todos os nomes são simples e refletem a personalidade de cada um dos personagens: Piuí não é o menos corajoso, mas é o mais azarado do bando. Bicudo era o mais alegre, e Deleve era o mais esperto e presunçoso. Cabelinho é o mais novo, e menor, e os Gêmeos parecem um, pois falam a mesma coisa e agem do mesmo jeito. Junto com Peter eles completam um grupo de sete (número presunçoso, não acham? Sete sempre é colocado como o representante da perfeição). Pois é, a Terra do Nunca era “o paraíso” e os meninos eram os novos “guardiões”: sete guardiões para o local mágico!! -muito próximo de qualquer especulação espiritual, ma acredito que essa não foi a real intenção do autor. Na verdade creio que J.M. Barrie quis fantasiar uma opção para explicar as mortes de crianças recém-nascidas em Londres da sua época, era uma forma bela de se contar a uma criança, por exemplo, que seu irmão mais novo ao invés de falecido estava à companhia de Peter Pan. Um relatório da Sociedade Fabiana de Londres entre 1900 e 1913, descreve a vida dos "respeitável pobres"; um em cada cinco de seus filhos morreram no primeiro ano, de fome, doenças e resfriados.
Wendy, Jhon e Michel (Wendy, João e Miguel em português)
Jhon e Michel claramente foram inspirados nas crianças a quem o autor Barrie mantinha amizade (se lembram que láaa no começo pedi que gravasse os nomes das crianças?), os nomes são os mesmos: Jhon e Michel Davis, só que na história o sobrenome era “Darling” que em português significa “Querido”. Mas e Wendy? De onde surgiu, como se comporta? Ahh isso só no globo repórter da sexta feira!!! Brincadeira, falaremos dela:
Outros autores e amigos de Barrie afirmam que o nome “Wendy” vem da palavra “Friend” (mas cuma????). Foi assim, na década de 1980 o amigo William Henley visita o autor e leva sua filha de cinco anos de idade, como Barrie não tinha filhos e adorava crianças (já deu para notar neh!! rs) começou a brincar com a menina, logo estavam conversando e a menina o chamava de “fwendy” (eu juro que ela tentava dizer “friend”, rsrs o que seria para nós “amiguinho”). Wendy é o personagem mais desenvolvido na história de Peter Pan, e é muitas vezes considerado o protagonista central. Ela se orgulha de sua própria infância, gosta de contar histórias e fantasiar. Ela tem um desgosto pela a idade adulta , adquirida em parte, exemplo disso definido por seu pai, a quem ela ama, mas teme devido a seus ataques um tanto violentos de raiva. Sua ambição no início da história é para evitar de alguma forma crescer, mas esse desejo é concedido a ela quando vai com Peter para a Terra do Nunca. Ironicamente, Wendy descobre que essa experiência traz para fora o seu lado mais adulto. Peter e os meninos perdidos querem que Wendy seja sua mãe, realizando serviços domésticos e estabelecendo normas de convivência entre eles. Há também um grau de flerte inocente ou implícita com Peter (formando assim um triângulo amoroso com, por vezes, com ciúmes de Sininho). Na versão da Disney, ela também fica com ciúmes da Princesa Indígena depois que beija Peter. Em um adendo escrito por J.M. Barrie e encenada em 1908, Wendy cresceu e casou-se (não se sabe quem), e tem um filha, Jane. Quando Peter retorna à procura de Wendy (sem entender que ela não seria mais uma jovem), ele conhece Jane; Wendy deixa a filha sair com ele, aparentemente confiando-a a fazer as mesmas escolhas. (Parecidíssimo com a história do personagem principal da ultima novela das oito que passou na globo “Em família”, de autoria de Manoel Carlos).
Minha conclusão é que Wendy representa as mulheres da vida do autor: a mãe e a esposa, todas as duas o deixaram em determinado momento de sua vida. Wendy serviu como uma consolação pela falta de afeição recebida pelas duas mulheres mais importantes de sua vida.
Sininho ou Tilim Tim (no original Tinker Bell)
Sininho é uma fada da Terra do Nunca. Da ordem dos artesãos, o autor a descreve como uma fada que remenda panelas e chaleiras. Seu nome se dá pelo som que emite, semelhante a de um sino (não se sabe se o som é sua fala ou o bater das asas). Embora, por vezes, mal-humorada, mimada, ciumenta, e vingativo, em outros momentos ela é útil e gentil com Peter. Os extremos de sua personalidade são explicados na história pelo fato de que o tamanho de uma fada a impede de realizar mais de uma sensação de cada vez, por isso, quando ela está com raiva que ela não tem compaixão de contrapeso.
A fada Sininho é o maior elemento da história, é o “mar” que divide o antes e o depois de Peter Pan, na origem eu citei que ela o salva e o leva até a fonte dos poderes dos espíritos, essa fonte é o que da o poder do voo ao menino. Mas não é só isso, quem será que ensinou Peter a controlar seu novo poder? Quem é que serve de conselheiro? Quem é que o personagem fiel escudeiro do menino travesso? Simm, é a Sininho! Além de tudo ela nutre um amor platônico por Peter, e seu maior sonho é se tornar grande para poder abraça-lo. Interessante é que Sininho se tornou-se um dos ícones de marcas mais importantes da Disney por mais de meio século, e é geralmente conhecido como "um símbolo de magia da Disney '". Ela tem sido destaque em comerciais de televisão e um programa de créditos que polvilham aquela poeirinha – “pó de pirili-pim-pim” no letreiro de abertura com uma varinha, a fim de tornar uma sensação mágica, em outras ocasiões a fada também é responsável de distribuir o pó mágico sobre várias outras personalidades da Disney.
Para a Disney, Sininho representa toda a magia e fantasia presente na mente infanto-juvenil, carro chefe da produtora para atrair cada vez mais a atenção das crianças. Para o autor, a fada é simplesmente algo parecido com nossa consciência, ou talvez nossa pura “essência”: a proveniência mágica (ou divina), o aspecto de cuidado e conselho, as características negativas também, como impulsividade, raiva, ciúmes... Mas tudo é domado pelo espírito jovem de Peter Pan. 
Peter Pan: o nome: claramente “Peter” foi mais um nome escolhido pelo autor inspirado nas crianças a qual fez muita amizade. Peter Davies era a criança que o autor costuma dizer que sabia voar, essa era a história que contava a George o John (os irmãos mais velhos). Durante essa pesquisa, li e ouvi também uma frase que marcou, dizia “o menor é o mais esperto”, talvez isso fizesse referência a Peter Davies, a criança mais esperta entre os irmãos acabou inspirando Barrie a criar o personagem. Cabe lembrar que o nome Pã tem uma mitologia por trás, que era conhecido como Deus dos Bosques. Para alguns, ele simbolizava a natureza e inventou a flauta, sendo temido por pessoas que atravessavam o bosque, pois ele tinha aparência de um fauno. O nome Pã, para algumas crenças, também significa "tudo” que dá margem a um significado de liberdade e infinitas possibilidades.
Estranhamente o Peter que inspirou Barrie a criar o personagem, antes um garotinho inquieto e astuto, teve um destino próximo do contado na história: se afastou de seu tutor na primeira oportunidade. Peter Davies vivia constantemente aborrecido com a ideia de que todo mundo lhe associasse com Peter Pan; odiava Barrie e culpava-o pela separação dos seus pais e de todos os horríveis acontecimentos que aconteceram depois que ele conhecera sua mãe. Não lhe faltava razão, pois desde o aparecimento de Barrie sua família tinha sido tomada por uma espécie de "maldição".
Pois é meus queridos, muitas das mais belas histórias escondem melancólicas e tristes, mas verdadeiras histórias!!! Continuemos a análise:
O personagem Peter Pan possui uma curiosidade marcante e que faz parte da história: a sua sombra. Em um momento da história (ninguém até hoje descobriu o por que e acreditem eu pesquisei muito e não encontrei nada de concreto de informação) o garoto perde sua sombra em Londres e é isse um dos motivos que o faz recorrer a Wendy, ajuda-lo a recuperar e controlar sua sombra. Na teoria de Carl Gustav Jung, a Sombra é o centro do inconsciente pessoal, núcleo do material reprimido da consciência. A grosso modo falando, é a nossa parte “negativa”, aquilo que repudiamos em nós mesmos. (Será então que podemos dizer que “a sombra” de Peter ficou em Londres pois ele agora vivendo na Terra do Nunca, o paraíso, logo ele se livrou do seu lado negativo?) No caso da cena relatada do desenho, o Peter Pan está dissociado de sua sombra, de sua parte negativa! Logo ele não está completo, não é possível termos apenas um lado, precisamos de equilíbrio entre o bom e o mau para podermos ter o equilíbrio psíquico (por isso então ele é meio doidão no começo). E neste caso Peter estava desequilibrado, tanto que ele busca sua sombra e precisa de ajuda para tê-la de volta. O personagem “Peter Pan” é em si um estereótipo do pensamento infantil: negação ao crescimento (e junto ás responsabilidades), negação a família, complexo de Édipo, narcisismo... A psicanálise atribui certos comportamentos como “síndrome de Peter Pan” que caracteriza-se por imaturidade comportamental. Outras teorias fazem referência ao personagem nas tendências juvenis que leva aos caminhos das drogas. Voltando a vida real, na manhã de 5 de abril de 1960, Peter Davies desceu pelas escadas da estação de Sloane Square, caminhou lentamente pela plataforma e jogou-se debaixo das rodas do metro de Londres. "Peter Pan se suicida" – foi a capa de alguns dos diários do dia posterior – "Morre o menino que nunca quis crescer", assim se concluiu a “maldição” que Peter Davies atribuía a Barrie. Um final triste com certeza e que talvez ninguém nunca terá realmente esclarecido. Antes de Peter, o irmão Michel (também personagem de Barrie) se suicidou em um afogamento. O mais velho George faleceu no exército, lutando contra inimigos na primeira guerra mundial. Talvez Barrie era mesmo o “Capitão Gancho”, e assim como o personagem, se culpava por todos os ocorridos com os meninos.
Apesar dos pesares, Peter Pan serve de inspiração de coragem e heroísmo da molecada até hoje!!
Observações gerais:
O Crocodilo Tic-Tac, do qual eu falei no começo, pode ter uma representação simbólica do que remeta ao “tempo” ou do deus “Chronos”, sempre girando ao redor de suas possíveis presas, assim é o tempo: implacável e devorador de quem estacionar na vida! Lembra que quem escolhe a “Terra do Nunca” também corre perigos. No início também falei sobre os adultos correrem contra o tempo não falei? Pois é, a relação entre Gancho e Tic-Tac expressa bem isso.
Os ajudantes do Capitão Gancho são a representação de todo o lado atrapalhado e inseguro da juventude. Principalmente o fiel escudeiro: um ser frouxo e desajeitado, que mostra grande afeição a comida. A companhia de piratas vivenciam situações de angústia, desordem e sem conduta exatamente como na transição da criança para adolescente.
Conclusão:
“Peter Pan” é uma história um tanto quanto curiosa, que passa uma mensagem sobre a infância, sobre pais e filhos, e sobre um lado malvado e sombrio que todos temos (o Gancho). A mensagem principal deve ser de aproveitar cada momento único, buscar o equilíbrio dentro de nós (a sombra). “Peter Pan” é bem mais que um conto de criança, é um universo psíquico inteiro e tenho certeza que você também irá tirar novas conclusões, por isso ficarei feliz em ler algum comentário aqui.

20.2.13

Superman não é só azul e vermelho!



Um dos maiores ícones entre os super heróis e das revistas em quadrinhos, também representa muito dos valores estadunidenses. Isso é muito óbvio partindo das cores de suas vestimentas: o mesmo azul e vermelho que imperou entre a geração de heróis americanos por muito tempo. Mas será que Superman é mesmo só um borrão azul e vermelho no céu??
A origem e história:


O "Superman", ou "Super Homem" é praticamente o “pai” da DC comics.  O personagem criado por Jerry Siegel e e JoeShuster nasceu no fictício planeta Krypton e foi chamado pelos seus pais de Kal-EL. Foi mandado à Terra por seu pai,Jor-El, um cientista, momentos antes do planeta explodir. O foguete aterrissou na Terra na cidade de Smallville (por alguns anos, foi traduzida no Brasil como Pequenópolis), onde o jovem Kal-El foi descoberto pelo casal de fazendeiros Jonathan e Martha Kent. Conforme foi crescendo, ele descobriu que tinha habilidades diferentes dos humanos. Quando não está atuando com o tradicional uniforme azul e vemelho, ele vive como Clark Kent, repórter do Planeta Diário
Isso tudo que escrevi todos já sabemos... O interessante começa agora: 


Primeiro falaremos da origem dos criadores do personagem – Jerry e Joe eram descendentes de judeus, trabalhadores que colocaram em “super homem” todas as suas vontades ocultas: um gostaria de ser alto, bonito e atlético e o outro sonhava com o poder! e assim nasce o personagem!... Será mesmo???

Olhando por outro ângulo, os autores estão em 1933, em uma situação de conflitos mundiais, guerra, catástrofes, antissemitismo, etc. O termo “Super-Homem” já era conhecido pelos cultos desde 1885 como Übermensch” (literalmente "além-do-homem” ou apenas “Superman”) descrito na obra “Assim Falou Zaratustra” de Friedrich Nietzsche, obra essa que influenciou toda uma época. 

Nietzsche diz haver uma maneira de alcançar a perfeição humana e isso se resumia no Super-Homem, o ser de princípios, força de caráter e ideologias. 

Algumas fontes indicam que Siegel e Shuster se basearam no Übermensch para a criação de seu personagem, mas poucos sabem que o primeiro “Superman” era um vilão, ditador e careca! (isso mesmo, CARECA, lembrem disso! Falaremos mais a frente).  Mas pera ai, como dois Judeus se basearam em um ideal de pureza - “ariano” – que influenciou o Nazismo?  Descobriremos!



O personagem “Religioso”:

 “Kal-el” – poucos conseguem decifrar isso, maaas o super herói não é só um personagem com ideologias e poderes, é também um símbolo religioso! Seu nome “Kal-el”, e também de seu Pai “Jor-el”, indica uma linhagem: a linhagem dos “EL”. Provavelmente os autores fizeram uma grande pesquisa, ou possuíam grande conhecimento religioso – especificadamente judeu/hebraico. A palavra “EL” em hebraico, fenício, aramaico e outros corresponde a “ALEPH” ou “ALPHA” que nos livros sagrados significa Deus, logo “Kal-el” vem da linhagem de Deus (é só lembrar dos nomes dos arcanjos “miguEL", “rafaEL"). Na religião Cananéia EL era o Deus supremo, pai de todos e isso está registrado nas tábuas de argila de Ugarit, na Síria. Muitas vezes, na saga dos quadrinhos, “Jor-el” enfatiza que Clark teria de ser o todo poderoso entre os homens, comanda-los e torna-los submisso a seu poder.
Pode-se olhar a história da origem do Superman e ver o órfão de um povo cujo mundo original foi destruído. Ele é criado por uma família adotiva como se fosse um deles, ao mesmo tempo em que esconde sua verdadeira identidade. Não é um grande salto enxergar a partir daí a história do exílio judeu no Egito.


O Mistérioso Extra Terrestre: 


“Krypton”: o lugar de origem do super herói é visto como um planeta de civilização antiga, de avançada tecnologia. Do grego a palavra “Kryptós” significa “escondido” e é esta mesma palavra que da origem a “Criptografia” que é a arte de esconder informações em uma mensagem, desenvolvida no antigo Egito e muito usado hoje em tecnologia. Mas será que isso tem alguma ligação de verdade??  Analisando que o sistema que regia Krypton era um super computador humanoide chamado Brainiac (seu nome significa “Brain InterActive Construct” – “Cérebro interativo construtor”) que servia originalmente para duplicar os poderes dos Kryptorianos. 

O fato é que o detalhe de ser o “Misterioso Extra Terrestre” que fez um herói tão popular, Clark Kent é tímido, é um nerd, ele é fraco e covarde, escondendo-se atrás de óculos, literalmente é um alienígena tentando seu lugar na terra. Mas aí... mal sabem vocês! Por baixo desse exterior está o poder do Superman. Muito propício ter ser concebido em uma época de guerra, migrações pessoas saindo de sua terra natal e buscando novas oportunidades.. todo mundo conseguiria se identificar com isso: um forasteiro/migrante que, é enviado para fora de sua terra natal, e cai em um planeta onde o Sol eleva seus poderes. Típica política de boas vindas estadunidense, ainda mais para quem queria incentivar o ingresso ao serviço militar e a mão de obra (o simbólico e árduo “sol” - e respectivamente o suor- que daria o poder ao mero humano).

Trata-se de uma chocante ambiguidade moral no universo do Superman, em que tradicionalmente fica claro o que é certo e errado. Desde a sua primeira aparição pela Action Comics, em 1938, o Superman se adapta aos novos tempos. Depois que a Segunda Guerra Mundial estourou, ele mudou seu slogan, deixando de lutar só "pela verdade e pela justiça" para defender "a verdade, a justiça e o jeito americano". Isso se manteve na década de 1950, quando ele virou um símbolo do musculoso patriotismo americano, incapaz de fazer o mal. Mas, quando a nação enfrentou as turbulências dos anos 1970 e abraçou uma cultura mais diversificada, Christopher Reeve deu qualidades mais humanas ao herói, reestabelecendo a conexão com a “fortaleza da solidão” bem como as conversas com seu pai Onipresente Jor-El.

Os vilões e seus significados:


Superman era cheio de inimigos, a grande maioria buscava uma briga por poder ou domínio, mas iremos tratar dos mais relevantes – os mais famosos e os responsáveis por grandes feitos.
O primeiro, talvez o mais conhecido é Lex Luthor (Alexander Luthor) é o arqui inimigo de Superman, o primeiro vilão declarado. O legal é perceber que Lex é retratado como a primeira imagem do então pensado superman (Lembra que eu falei do vilão ditador e careca?) pois então, na nova versão ele foi transformado no maior inimigo do queridinho Azul da América. De propósito ou não, o primeiro nome do personagem foi Alexei”, o mesmo nome do Santo ortodoxo Russo filho de Czares, problemático e doente na infância que morreu na primeira guerra mundial (qualquer semelhança com Lex é mera coincidência, ou não! :P). Ainda, com uma outra visão, a palavra “Lex” em latim significa “Lei” ou “Regras”, logo remete ao princípio Nietzschiano que o homem teria de vencer a lei ou as regras impostas pelo governo ou a igreja, determinando seu próprio destino.
Parece complexo? Calma, ainda temos chão!
“Darkseid” é outro supervilão do contexto (um dos quais eu mais gosto, por conta do seu significado). Seu nome é uma anagrama para “DARK SIDE” – “LADO NEGRO”. É um maléfico ser que voltou-se a escuridão matando dentro de si qualquer tipo de emoção. Darkseid representa, nada mais nada menos, que a “parte ruim” do homem (como indivíduo), superman consegue derrotar este vilão após uma árdua evolução na luta contra suas dúvidas e medos próprios. Vale ressaltar que Darkseid é, cuspido e escarrado, a imagem de lúcifer: além de manipular o medo das pessoas ele usa de artimanhas como acordos em troca de almas (como fez com Lionel Luthor “sua alma em troca da ressurreição de seu filho”), e corrompia as pessoas através de suas falhas (pecados?). É simbolizado com a letra “Omega” do alfabeto grego, cada pessoa que ele possuía era caracterizado com esse símbolo no crânio.  
“Apocalypse” é o mais poderoso já enfrentado por nosso herói. O nome já diz tudo não é? Esse eu preciso explicar algo?? Ahhh, preciso!
Nos quadrinhos o Apocalypse foi criado como uma junção manipulada de vários DNA’s: sendo eles de elementos da natureza, de animais primitivos e de seres kryptonianos. Com um olhar social, posso afirmar que apocalypse é uma visão de nossos hábitos destruidores da natureza. No seriado, Superman só consegue vencer esse vilão (bem como consegue dominar sua habilidade de voar) só quando se revela a Lois Lane e se entrega ao amor (opa, será que autor quis dizer que o amor pode salvar o mundo??).

Enfim...
Superman é um grande paradoxo que paira entre o social, o religioso, o psicológico e o acentuado no cívico e musculoso patriotismo americano. Foi extremamente usado em determinadas épocas para dar esperanças ás crianças, aos jovens e adultos como um ser eterno, ético e poderoso. Poderíamos até comparar Superman como a figura do cristo Americano, símbolo de uma nação. O super herói influencia a sociedade ainda hoje, e este ano, a última história da DC Comics fez Superman deixar seu trabalho no jornal para começar um blog. (eu não ia falar isso pra ninguém, mas Clark me deu uma força nesse post! :P)
E ahh, ele falou que o “S” em sua roupa não é de “Super”... eai? Fica pra um próximo post não é?

4.4.11

Avatar - 3 Dimensões de uma mensagem

     Avatar, Um dos filmes mais rentáveis fabricado pelo sistema americano de entretenimento, não tem como meta apenas motivar a consciência ambiental através da tecnologia 3D, mas também ensinar de forma subliminar os ensinamentos hindus, de Krishna, que anunciam a chegada do oitavo manifestante solar ( AP  17:8 ) e o seu executivo mundial para supostamente salvarem a  "mãe" terra.
    A palavra avatar significa uma série de manifestações ou reencarnações do deus Vishnu (entidade mistica no hinduismo).  No caso desse filme, Vishnu se manifesta como Krishna, mas não como o segundo rei da revelação progressiva, e sim como o oitavo através do seu poder cósmico que tem a função de gerar o executivo mundial: um tipo de um diplomata.
    O filme começa com a morte de um cientista chave para o projeto avatar  que é substituído pelo seu irmão gêmeo, o fuzileiro naval Jake Sully. O caixão de seu irmão possui os números 97 6 3 2 3 ; somando os números temos o  30, logo 3+0 = 3! o Número 3 é um signo sinal, ele aparece também muitas vezes na bíblia representando o "divino" (trindade, 3 reis magos, etc). Os ocultistas do filme estão dizendo  que essa é a idade do executivo mundial (visto que Jesus também começou a pregar com 30 anos) que eles esperam e que também ele é um militar muito atrapalhado.  Após a liberação da alma de seu irmão,  Jake inicia a sua jornada. Esse processo é conhecido no hinduismo como  Jivanmukta, onde a  alma liberada votando para o cosmos.
     Jake Sully é o “lider” que está em fase de aprendizado  e passa por varias manifestações solares de Vishnu, isso é uma chave simbológica pois, por exemplo, um líder moral esperado pela ONU deve passar por um aprendizado contínuo e ser iniciado em todas as ciências ocultas existentes.
   A primeira transformação de Jake é no Avatar do rei  Rama [ou RAM] .  O símbolo do grande mestre Rama é a estrela de 6 pontas conhecido como o hexagrama ou  a estrela de Davi (ou selo de salomão) que é o símbolo de Israel. O filme não fala isso abertamente, mas durante uma das primeira cenas podemos ver o número 6 quando Jacke chega na base militar de Pandora (uma espécie de reserva ambiental indígena). Essa palavra nos lembra da mitologia grega,  onde Pandora, movida por sua curiosidade, abre uma caixa que recebeu   do deus ZEUS,   criada para punir os homens, soltando diversas maldições, mas ao  fecha a caixa ela não deixa que a  esperança escape. A esperança dos habitantes da terra, assim como em Pandora,  está no cristo cósmico.
    A segunda transformação vem na forma do  avatara Narasimha que é representado por um homem meio leão (o leão de Judá) e  tem a função de libertar o mundo da opressão. É por isso que os avatares do filme se assemelham com felinos.
    O  primeiro aprendizado  de Jake está na selva.  É nesse momento que o telespectador do filme embarca na maior manipulação ambiental já vista através de músicas e da teconologia 3D nos cinemas. Durante as cenas da floresta, podemos destacar dois animais da mitologia Hindu que são:  O  Garuda, que é  a ave mítica  montada pelo deus de Vishnu e o  Hanuman que é uma espécie de deus macaco (muito apreciado pelo Presidente americano Obama)  aparece nas cenas da reserva ambiental.  Simbolicamente, o macaco é a Ciência Superior, a Lógica Superior, que possibilita “medir o mundo”, medir a Grande Obra, e saber o quanto se gastará para se realizar o Trabalho Alquímico. Com isso, os ocultistas do filme estão querendo condicionar  o telespectador de que retirar o cristo cósmico através de magia é algo normal.
     As sementes cósmicas que também representam uma outra forma de  Jivanmukta  (ou as manifestações menores dos raios solares da unidade)  se apoderam do corpo de Jake. E  assim,  ele passa a ser o escolhido.
     Jake é encontrado por uma nativa que fica responsável pelo seu treinamento para ser aceito como um Navi (habitante de Pandora).  A mãe da Nativa é uma sacerdotisa conhecida no Hinduismo como UMA. Uma, é a deusa e a mediadora de conflitos com  os outros deuses. É a Mãe Cósmica, toda luminosa, e que tem como manto o céu estrelado.
    Durante o seu treinamento, Jake desenvolve a harmonia com o meio ambiente se integrando a ele. Animais, plantas e rituais místicos com a grande Árvore que representa a mãe terra fazem parte da sua evolução ambiental.
  A  missão de Jacke era fazer com que os moradores de Pandora entregassem as suas riquezas naturais, mas ele falha. Nesse momento, os  funcionários do The Resources Development Administration (RDA) resolvem fazer uma intervenção militar para conseguir o que querem. O RDA na vida real representa o Clube Bilderberg e os governantes que estão ligados aos EUA, ou seja, as ordens [ex. illuminati] pensam que vão destruir os planos ambientais da Ordem Mundial de Baha’u’llah [um grande exemplo é o famoso crédito de carbono, que os americanos estão comprando de todos os países que possuem política ambiental].
   Após algumas devastações promovidas pela empresa  RDA,  Jacke, agora como um habitante de Pandora, consegue dominar o grande dragão vermelho (que representa satanás)  e se torna o líder do povo que se curva diante dele.
     Esse é o outro conceito dos ensinamentos de Kirshna, pois quando o mundo estiver em total decadência o suposto salvador surgirá. Assim falou Krishna: Sempre que há a de-cadência da retidão, então Eu mesmo em pessoa saio e venho a Terra; para proteção do bem, destruição dos pecadores, pela segurança de firmemente estabelecer a justiça, Eu nasço de era em era. Quando a injustiça cresce e a retidão diminui; quando as forças do que não é divino parecem mais fortes que as forças divinas; quando o mundo de Deus ou os preceitos de suas mensagens são esquecidas ou desobedecidas; quando o fanatismo religioso segue a letra das escrituras, mata seu espírito, então o Senhor incarna-se na Terra, para salvar o homem, salvar a retidão. Ele torna-se humano quando Ele desce ao plano físico.
     E assim Jake vence a batalha expulsando os militares é  só os poucos escolhidos participarão da reconstrução do planeta devastado.

Uma mensagem apocaliptica?? talvez, mas concerteza é algo a se pensar!!!!

por Felipe Ramos

OBS: Esta postagem tem ligação externa de conteúdo com BLOG Apocalipse Total.

23.3.11

Nárnia – muito além de uma fábula ou um ensinamento cristão.

Hoje analisaremos um dos clássicos das fábulas conhecido em todos os países: As Crônicas de Nárnia. O livro escrito por Clive Staples Lewis, mais conhecido como C. S. Lewis possui o conjunto de 7 contos para crianças que narra a história de aventuras em um mundo paralelo.  Em um primeiro olhar entendemos as crônicas como a bela história do leão e das crianças que passam por aventuras em um mundo criado por eles mesmos talvez numa tentativa imaginável de fugir dos problemas do mundo real. Uma visão mais apurada encontra na história a intenção do autor sobre a educação cristã que inclui todo um sentido moral. Entretanto, em uma análise profunda, descobrimos simbolos e sinais ocultos de carater misticos e sociais, vejamos bem:
O primeiro conto do livro da saga se chama “O Sobrinho do Mago” que narra as peripécias de um menino que vai morar na casa dos tios e acaba se envolvendo em travessuras. Digory conheçe a vizinha, menina Poly, e juntos descobrem que o Tio André realiza experimentos “mágicos” em um quarto secreto da casa onde mora. Tio André é um senhor de carater hermético e trabalha com um tipo de alquimia, sua  pesquisa se resume na busca de universos paralelos ao nosso, então ele cria “anéis mágicos” que podem transportar seu usuário para tais lugares. As duas crianças, secretamente, entram na sala proibida de tio André e acabam sendo transportados para um grande bosque cheio de lagos, aonde descobrem que cada lago é uma “porta” para um mundo diferente. É pela curiosidade que as crianças chegam até o mundo [em ruínas] da Rainha (ou feiticeira) Branca [Jadis] e, pelo mesmo motivo, a libertam de sua maldição. A Feiticeira acaba seguindo as crianças para nosso mundo (Londres) e arma uma bela confuzão até que um acontecimento muda tudo: algo reluzente e uma bela música transportam os personagens de Londres a um local novo que acabara de ser criado – Nárnia!!!  Nesta nova terra todos conheçem o Leão e os animais falantes, inclusive um cavalo que foi transportado de Londres também começa a falar. Em Nárnia, recem criada, o menino Digory descobre a existência de um fruto mágico (maçã) que é capaz de curar todos os males do corpo, é o fruto da eternidade. O menino precisava do fruto pois sua mãe estava doente e mais que tudo ele queria ver ela curada, portanto o não era permitido roubar tal fruto do lugar encantado, várias vezes ele foi tentado pela feiticeira a roubar o fruto... No final a bruxa come do fruto e se torna mais poderosa e imortal. O menino resiste e do fruto sagrado é retirado as sementes e plantado uma nova árvore, acessível a todos os animais falantes e também aos humanos que reinavam em Nárnia.      Neste breve resumo da história acima ja conseguimos identificar algumas referêcias simbológicas que o autor usa: 
 1.º dois humanos, crianças, um do genero masculino e outro feminino, uma apologia a “Adão e Eva” -  pois os dois “descobrem” a sala proibida e acabam por curiosidade usando a magia e assim libertam o Mau (A Rainha ou feitiçeira, falaremos mais dela em seguida);
       
 2.º o autor faz apologia ás 11 dimensões do universo, que é um ensinamento indiano não cristão porém de carater religioso (pra quem ler ou leu o livro é pode reparar que fala também que o pai de Digory está fazendo pesquisa na Índia por isso ele mora com a tia) quando é retratado o bosque sendo o “corredor” que leva, através de lagos, as pessoas a cada uma dessas dimensões (inclusive uma idéia muito parecida é passada no filme “Bele verte” - recomendo).
      
 3.ª  o tio cria “anéis mágicos” para conseguir passar pelos portais - Idéia muito parecida com a de J. R.R. Tolkien  (autor de Senhor dos Anéis). Interessante saber que os dois autores eram muito amigos e os dois eram cristãos fervorosos, relatos em seus próprios livros e bibliografias falam que muitas vezes eles se reuniram para torcar idéias para as suas histórias. Essa passagem do “anel”, assim como no clássico “Senhor dos Anéis”, remete a história biblica do Rei Salomão onde seu suposto testamento descreve que poderia controlar todo o tipo de demonio atravez de um Anel recebido do Arcanjo Miguel.
       
 4.º  O Leão, nesta passagem, já representa a criação: Cristo! “O Leão de Judá” (descrito no livro de apocalipse)! O animal, juntamente com a Música (OBS. a música é também a base da criação nas obras de Tolkien) cria todas as coisas do novo mundo Nárnia – na biblia, em 1.° João fala sobre a criação, sobre “o Verbo” estar com Deus no ato da criação. Ainda que o nome “Aslam” não deve ser mera coincidencia sendo pois o termo “As” significa “Maior” e “Lam” significa “Cordeiro” [Jesus = “cordeiro” de Deus]. Bonito também foi é a contradição entre o animal e o nome: Leão [força e poder] versus Cordeiro [fragilidade e simplicidade].  
5.º podemos, neste caso assim como na bíblia, entender o fruto da eternidade ( que também é uma “maçã”) como o conhecimento. Indo mais além, na história do livro, podemos dizer que o fruto pode ser o exemplo da tecnologia, já que a história fala de Londres no século 19, a “maçã” era algo que poderia curar a mãe do garoto e que também garatiu mais poder a “feiticeira”.
O segundo conto é mais conhecido, foi transformado também em filme: “O Leão, a Feitiçeira e o Guarda-Roupa”. História que mostra as aventuras de 4 crianças em Nárnia, são elas: Lúcia, Pedro, Edmundo e Susana. As crianças encontram uma passagem para o lugar encantado e lá conceçem animais falantes e lutam contra a Feitiçeira ou Rainha Branca que era a grande ditadora que fazia todos infelizes. As crianças tem ajuda do grande Leão que também acaba se sacrificando por um erro cometido por Edmundo, mas que ressucita para concluir sua missão.
             Essa parte é muito óbvia tanto no livro quanto no filme. Um ensinamento cristão representado em fábula. Começando pelas crianças, alguns podemos decifrar de cara pelo nome como “Pedro” – também foi o nome de um dos doze apóstolos, especificadamente o que se tornou o primeiro Papa, fundador da igreja romana; “Edmundo”, que na história foi o traidor e foi por ele que o Leão se sacrificou, lembra Judas e também traz consigo um significado simbólico: seu nome é a chave, as letras “Ed” derivam do latim onde “Et” ou “Ed” significam o termo “Ao” logo seu nome todo “ED-MUNDO” significa “Ao Mundo” então entendemos pra quem o Leão fez o sacrifício e mais uma vez há a ligação com Jesus Cristo, pois também há a ressurreição na história. Já com as personagens Lucia e Susana não conseguimos identificar uma ligação assim de cara, porém depois de entender a história podemos enchergar nelas a minuciosa representação respectivamente de Maria (mãe de Jesus) e Maria Madalena – a primeira foi a que recebeu Jesus, assim como Lúcia foi a primeira que chegou em nárnia e a primeira a ver o Leão; A segunda como a discipula mais dedicada, que viu o Leão morrer e ressucitar. Lúcia também representa a fé, pois nunca ela desiste de seu idéal e não deixa de acreditar na vinda do Leão. A Rainha Feitiçeira Branca, ateriormente citada como “o mau”, nada mais é do que o pecado, ela tem todas as caracteristicas dos pecados capitais: A Ira, a gula (demonstrado também quando ela ludibria Edmundo com um manjar dos deuses), a inveja (do leão e de suas maravilhas), o orgulho (se auto intitula “rainha”), a avareza (totalmente apegada a seu poder) e a luxuria (é vista por por muitos na história como portadora de uma beleza rara), entendemos assim também por que quando a feitiçeira chegou em Nárnia o Leão discursa a todos que o mau havia se infiltrado naquele mundo.
         
 O conto “O cavalo e seu menino” é algo bem mais sutil, que descreve a angústia de um cavalo que era falante mas foi obrigado a viver num lugar de animais mudos bem como a história de um menino que era principe e não sabia. Os dois querem voltar pra sua verdadeira casa. Entendemos que o “Cavalo” – animal que também aparece no primeiro conto -  é a representação do Trabalho ou o trabalhador (essa representação também aparece no clássico “Revolução dos Bichos” de Geoge Orwell), visto que o animal é oprimido, não possui liberdade [para falar] portanto vive triste. O menino neste conto representa o humano que vive na desgraça e não conheçe o verdadeiro “Rei” que tem dentro de si – “eu rei de mim”.  Uma lição moral também no que se trata dos dois buscarem sua origem, o Leão também aparece como um protetor na jornada dos personagens.
Em “O Principe Caspian” que também virou filme, é tratada a volta dos 4 irmãos – Pedro, Edmundo, Lúcia e Susana -  a terra encantada, após ter passado cerca de 1300 anos no tempo de Nárnia (no tempo do nosso mundo passaram apenas 2 ou 3 anos). Esse conto expõe o esquecimento das tradições da terra encantada, até que um novo “guardião” surge – Principe Caspian! O rapaz invoca as crianças do mundo real para ajudar na tarefa de trazer a antiga Nárnia de volta. O Leão aparece para auxilar na batalha de animais falantes, humano contra outros humanos descrentes. Na história aparece um personagem muito engraçado que chama atenção que é o corajoso rato “Ripchip” que perdeu a calda mas acabou ganhando novamente por um milagre concebido pelo Leão. É aí que Pedro e Suzana saem da história, para as próximas idas e vindas o Leão avisa que, dentre eles, só Lúcia e Edmundo poderão voltar a terra encantada.
     
 Analisando, encontramos nesse conto mais ensinamentos biblicos:
1.° o tempo em Nárnia passa mais rapido que em nosso mundo real – na biblia, em 2.ª Pedro diz “Um dia para o senhor é como mil anos e mil anos são como um dia” .
           
2.° “Principe Caspian”, com todas suas virtudes, faz apologia  aos anjos, até da forma como é colocado “Príncipe” que defende a criação viva e se torna o novo guardião, remete a “principado” termo usado para designar tipos de anjos.
           
3.° o rato “Ripchip” demonstra passa a mensagem “não julgar pela forma” visto que o ratinho, mesmo pequeno e parecendo indefeso, é o melhor espadachin entre os guerreiros (até melhor que o rei) apesar de ser um tanto vaidoso. Nessa passagem lembramos do Rei Davi, que venceu o gigante, sem falar que seu filho Salomão (de novo ele, rs) escreveu muito sobre vaidade no livro eclesiastes.
           
4.° O Leão promove um milagre devolvendo a calda do rato.
           
5.° Esse conto ja descreve a divisão da religião, o ateísmo, muitos desconheciam, zombavam ou desacreditavam na existencia do Leão.
          
 6.° Ao dizer que apenas duas crianças poderiam voltar a nárnia (tendo em vista que Pedro e Susana ja estavam mais velhos) somos obrigados a lembrar da passagem biblica de Lucas que Jesus diz: “vinde a mim as crianças, por que o reino de Deus é de quem se parece com elas” e “receberá o reino de Deus como uma criança se não nele não entrará”.
O próximo conto se chama “A viagem do peregrino da alvorada”, recente filme lançado pela Disney. Relata a aventura de Lucia e Edmundo, acompanhando de Eustáquio – o primo chato, culto e metido – em uma viagem nos oceanos de Nárnia. Eles ajudam Caspian na busca de 7 fidalgos (grandes reis) do passado, passam por muitas surpresas nas ilhas solitárias, entre as tempestades, na ilha das vozes, na ilha negra (ou ilha do medo) e no fim do mundo. Eustáquio, no conto, de início é um total descrente cético e no desenvolver (por onde passa por diversos apuros, principalmente quando se transforma em dragão) ele começa a crer no que vive e se transforma em um grande amigo do Leão.       Para um bom entendedor, o significado do nome do conto ja diz tudo: Trata-se de uma navegação!! Quem é que já não ouviu a frase “Navegar é preciso, viver não é preciso...”, pois bem essa parte são tratados ensinamentos para a vida. Confesso que achei tão expresso isso no filme que hoje tenho até dó da minha namorada (rrssr) pois quando eu fui ao cinema assistir o filme com ela eu me empolguei tanto que depois que terminou fiquei por volta de uma hora comentando sobre os ensinamentos morais passados (haja ouvido, haja saco pra me aguentar!!!kkkk). A histórinha resumida no paragrafo de cima enfatizou os locais de passagem da navegação pois remetem a simbologia da vida, vejamos: 1°- os “7 fidalgos”, para quem reconheçe [e para quem não reconheçe também, :P] o número 7 representa a Perfeição, visto que é muitas vezes usado na biblia e em nosso cotidiano com esse significado. É a busca principal da viagem, a nossa busca humana de atingir a perfeição. 2.° “Ilhas solitárias” é bem o que o nome diz, uma reflexão sobre a solidão humana e seus males – agressividade, falta de confiança e compaixão. 3.° “Tempestades” – as vezes passando por tribulações na vida e pensamos que vamos afundar, porem nosso barco resiste para viver mais um dia de sol! 4.° “Ilha das vozes” – quem é que não se deixa levar por vozes alheias?? Alguns vivem de opiniões, criticas ou conselhos “invisíveis” e acabam não vendo a verdade simples. 5.° “Ilha Negra” é o lugar onde os personagens devem vencer seus maiores medos, só assim conseguem salvar os 7 fidalgos – reflexão sobre vencer o medo para chegar perto da perfeição. 6.° “Fim do mundo” ou “terra de Aslam” é colocado muito bem como o fim da vida. Encontramos também um exemplo no personagem Eustáquio que no começo nega e depois vira um amigo do leão, remete ao apóstolo Paulo. Esse conto é considerado chave pois nele o Leão fala que está também em nosso mundo, mas com outro nome, acrescenta ainda: “Vocês têm que aprender a conhecer-me por esse nome. Foi por isso que os levei à Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor." Essa é a prova concreta da intenção evangelizadora do autor.
       Os dois ultimos contos “A cadeira de prata” – que fala do retorno de Eustáquio e uma amiga Jill a Nárnia, eles devem encontrar o filho de Caspian através dos sinais dado pelo Leão  -  e “a Última batalha” – fala sobre a confusão de um macaco e um burro que encontram uma pele de leão e o fazem passar pelo grande Lider. O macaco faz alianças com povos barbaros e esses tomam Nárnia como propriedade. Então mais uma vez o regente do mundo encantado pede ajuda aos humanos aqui do outro lado porém nem todos podiam mais voltar, acabaram tentando apelar peloa anéis novamente, mas um mágico acidente de trem transporta todos para o mundo encantado denovo. Apesar de todo o sacrificio da garotada eles não conseguem eliminar o estrago que o macaco e o burro fizeram, o Leão então decide acabar com Nárnia e transportar todos para seu pais onde viverão felizes para sempre, inclusive as crianças.
      Logo vemos que esses ultimos contos remetem bem ao “final dos tempos” ou apocalipse. No “A Cadeira de Prata” há apologia aos sinais dos céus, que os personagens acabam não reconhecendo e se perdem. Ja em “A última batalha” é o retrato do apocalipse, temos também a imagem do “falso profeta” que são, ironicamente, o Macaco (representando a malandragem) e o Burro  (preciso falar oque representa? Rs). O Leão acaba com o mundo encantado e transporta todos os merecidos para o Pais de Aslam, que também é o Fim do mundo, que interpreto como a morte, especificadamente neste caso o “céu”.   




Longo né? pois é... Porém muito interessante! Esta história tem uma ligação com as histórias de Tolkien (que falaremos num próximo post), tanto ele quanto Lewis eram cristãos, Lewis ainda foi considerado o "Elvis Presley" do cristianismo por sempre ter a proposta em suas obras. Espero que tenham gostado. Aproveitem para comentar sobre vossos pontos de vista.


Por Felipe Ramos.

19.3.11

Chaves: uma lição de vida - Final!!

   Até que, enfim, chegamos a análise final, saga do seriado "Chaves" com muitas revelações. Para quem não acompanhou clique aqui e leia desde o inicio. Neste ultimo post trataremos de alguns personagens adultos e do personagem principal da série, confira:


   Dona Clotilde. Uma Senhora (“senhorita!”) desprovida de beleza que mora na casa 71. A criançada morre de medo dela por conta do seu jeito ranhenta e pelas coincidências que acontecem, então ganhou das crianças o apelido de “bruxa do 71” (só uma bruxa mesmo poria ser apaixonada por seu Madruga, :P). Sempre com seu vestido azul, ela uma pessoa dedicada aos afazeres, muito prendada e solitária. Costuma ser grosseira e mal humorada com as crianças por conta do apelido que lhe deram.
      Porém, seu mau humor e grosseria é uma mascara para a mulher gentil e amorosa que é de verdade, que necessita de respeito e carinho e que busca alguém que lhe faça feliz. Pela má aparência física e pela boa índole, dona Clotilde representa o ditado “quem vê cara não vê coração”, mensagem essa passada também no desenho A bela e a Fera. Se julgarmos pelas cores de sua roupa (e peruca), sempre azul, e sua personalidade temos em Clotilde uma ligação simbólica com o Conservadorismo. Bom analisar também que ela é um outro exemplo de humildade, visto que possui a mesma condição financeira de dona Florinda porém não se considera superior aos outros da vila. A velha possui também uma ligação com oculta com chaves e a dica sobre isso é o número de seu apartamento 71 – 7+1 = 8, isso se dá porque ela representa a solidão que chaves também enfrenta. E ahh, só como curiosidade, ironicamente a atriz Angelines, que interpreta a personagem, faleceu aos 71 anos em 1994.

     Girafales é um modesto professor de escola primária. Seu nome é referência ao animal comprido, pois ele mede 1,95 m de altura. Comporta-se como cavalheiro, é elegante, culto, educado e romântico embora um tanto durão e prepotente. O Professor adora ensinar e, pelo cargo que ocupa, se mantém na posição do redentor da verdade. É o Educador do futuro da pátria, mas sempre se enfurece com a confusão das crianças, distribuindo castigos, impondo limites e expulsando alguns da sala de aula. As pessoas desconfiam de sua sanidade mental às vezes e sempre ele é ridicularizado pelas crianças que o apelidaram de “professor lingüiça”.
    Vemos no Professor grandes valores, porém é fato que ele “enrola” Dna Florinda, mas porque? Lembram do primeiro post onde falei de Dona Florinda, que a mesma representa a “Ordem”? Vamos analisar os fatos sociais: a Ordem funcionaría muito melhor se todos os cidadãos tivessem o Conhecimento desenvolvido por sua faculdade Intelectual (essa também é a explicação do por que dona Florinda muda de personalidade quando vê Girafales – lembrando que o encontro dos dois é também uma sátira ás novelas ou filmes de “melosidade” ou “dramalhões” – principalmente os mexicanos, reparem que sempre o texto é o mesmo e a trilha sonora é do clássico “E o vento levou”!), mas sabemos que isso não acontece pois existe uma falta de responsabilidade (a mesma responsabilidade que Girafales não quer ter com Florinda, pois nunca assumiu algo sério com ela) em nosso sistema de educação que é limitado, onde muitos ainda estão fora da sala de aula (foram expulsos?). Esse personagem expressa bem o “Orgulho intelectual” e/ou o Superego – lembram das frases “Enquanto tiverem os livros nas mãos, serão pessoas honradas, serão gente de bem, em outras palavras, serão como eu” ou “Eu jamais me engano, só me enganei quando pensei que estava enganado”. É curioso que sempre o prof. Girafales de como presente a Florinda somente flores (lembrando ainda que o nome dela é FLORinda), até o Quico uma vez disse: “toda vez é sempre flores! Não pode trocar? Dar uma jóia cara, um colar de diamantes ou um carro importado?”. É engraçado como as idéias sempre são parecidas, então para entenderem um pouco vou citar uma referência muito boa que é de autoria do cantor Geraldo Vandré: “pra não dizer que não falei das flores” com ênfase na frase “...e acreditam nas flores vencendo o canhão...”. Provavelmente a música não tem nenhuma ligação com o seriado, porém a idéia é a mesma.

    Sr. Barriga, o dono da vila, é também o cobrador de aluguel (e é assim que aparece em grande maioria dos episódios). Faz pose de durão, mas na verdade ele é um bonachão, receptivo, amigo, prestativo, risonho e simpático. Podemos dizer que também é cheio de compaixão pois sempre é recebido na vila com pancadas de chaves e mesmo perdendo a paciência ele gosta do menino, também com seu Madruga por nunca despejá-lo da casa.
Seu nome [engraçado] que da referência a uma parte do seu corpo é um símbolo do capitalismo selvagem, porém Sr. Barriga é um representante irreal de um valor utópico porque, como já disse e repito: existe nele compaixão e ele ainda é uma representação de solidariedade. Ele encarna assim o bom coração pois jamais tem a coragem de expulsar o inquilino inadimplente (mesmo quando chegou a fazer ameaças ele se compadeceu e voltou atrás na decisão).
     O seriado nos dá dicas da verdadeira profissão do Barriga, em um episódio (“A catapora de Chiquinha”) ele diz a seu Madruga que vai examinar a Chiquinha, por já ter exercido a profissão de médico. Na vida real o ator Edgar Vivar também é formado em medicina e exercia a profissão antes de ser chamado para o programa. Analisando socialmente a idéia de médico é sim uma boa representação do personagem também! Todas as característica do Sr. Barriga são as mesmas dos profissionais da saúde (ênfase em compaixão e prestatividade). A falta de coragem do cara para expulsar o inquilino inadimplente também pode ser um símbolo, pois o sistema de saúde deve (perante a lei) se estender a todos – citei a “lei” porque no episódio em que Sr. Barriga quer despejar seu Madruga da casa é justo a Dona Florinda que intercede por Madruga. Também temos que lembrar que Barriga sempre leva “pancadas” ao chegar na vila que, muitas vezes, o faz perder os sentidos mas ele sempre tem compaixão e continua gostando da criança que o fere pois sabe que não é algo proposital – creio que é assim também que acontece com os profissionais da saúde, quando chega lá um paciente todo arrebentado por que estava fazendo algo de errado eles devem perder a paciência com o fato, é quase como receber uma “pancada” pela falta de atenção ou responsabilidade do paciente, ex: “histórico do paciente: tentou pular o muro e quebrou o queixo”, qualquer um logo pensa “por que esse idiota foi pular o muro?”... Enfim, o profissional da saúde cuida do paciente do mesmo jeito pois, assim como o personagem, possui a idéia que o Ser Humano é a maior riqueza.

   Jaiminho, o carteiro, é um senhorzinho simplório que traz sempre um sorriso no rosto. É desajeitado e, mesmo não sabendo andar de bicicleta, sempre traz uma consigo para que não seja mandado embora do emprego. Tal personagem é o exemplo da Preguiça: nunca faz seu serviço e sempre pede para o destinatário pegar suas correspondências na mochila ou que entregue as outras cartas nas respectivas casas. A desculpa é sempre a mesma: “tenho que evitar a fadiga”.

    Chaves é o personagem principal do seriado. Um menino órfão de pai e mãe, com 8 (olha o número ai de novo) anos, que aparece na vila de estomago vazio. Inocente, meio tonto, genioso, bondoso, sensível, leal, sonhador, companheiro e esfomeado (rs). Apronta várias confusões “sem querer querendo”. Diz que mora na casa 8 (opa, não é por acaso, lembra do nome original do seriado: “o menino do oito”?) mas sempre que alguém decide perguntar com quem ele mora ou qual seu verdadeiro nome alguma coisa interrompe a conversa e o mistério permanece. Em um livro chamado “O diário de chaves” o autor Bolaños (o cara que interpreta o Chaves e também o diretor do programa) conta que Chaves morava em um orfanato, saiu, teve contato com alguns meninos de rua e andava pela cidade, mas começou a chover muito, foi quando entrou na vila e foi acolhido por uma senhora que vivia em uma das casas, porém essa senhora faleceu e o menino passou a viver em um barril e se tornou o xodó de todos da vila. Sem casa para morar, sem ter o que comer, sua riqueza material se resume em duas bolas de gude que guarda no bolso de traz da calça. Sua falta de alimentação e sua falta de atenção o impedem de ser um bom aluno. É também muito atrapalhado e vive se queixando “ninguém tem paciência comigo...”. Vira e meche Chaves se assusta e tem um piripaque. Quando alguém o chama para brincar ele fica todo afobado imaginando como será a brincadeira (zás, zás...!!) imaginação inclusive é uma de suas características mais marcantes.
     Chaves é, sem dúvida, a mais complexa representação do programa. Além de representar 650 milhões de crianças [de rua] ele é o retrato da Simplicidade! O autor deposita em Chaves toda uma filosofia de vida. O menino não tem brinquedos maravilhosos, não é nenhum gênio, não possui nada de material e mesmo assim vive Feliz. O signo da simplicidade é a receita do seriado, tanto na forma (na criação de cenários e tals) quanto no enredo. Chaves é o lado humano, contraditório (assim como esta análise é, como já disseram, rs), moral apresentado na série. Não é porque ele é o mais pobre que é o mais infeliz - é o contrário - tão pouco o menos amado! Ele passa fome todo dia mais é alimentado de sorrisos, imaginação e fantasia. A filosofia de Gandhi dizia que quando somos felizes, quando fazemos algo que nos deixa feliz com honestidade, produziremos meios de nos alimentar, assim não haveria fome. O menino deixa expresso que qualquer criança, em qualquer situação que esteja, tem direito a felicidade, pode ter amigos e ter uma infância repleta de brincadeira e risadas quando consegue transformar seu cotidiano por vontade própria – quem não adora ver as transformações dos objetos que Chaves usa para brincar: a vassoura que vira um brinquedo de equilíbrio; O recipiente de lata que vira um bilboquê; A caixa de sapato que vira caminhão; entre outros.
Apesar das fontes concluírem que o nome original do seriado “O menino do 8” ser atribuído pelo fato de que o programa foi primeiramente apresentado no canal 08 que depois foi incorporado pela a Televisa, concluímos [após essa lonnnga análise] que na verdade o “8” é um símbolo que designa a função do personagem. O “8” é uma representação do símbolo antiqüíssimo “∞” – infinito [ou lemniscata], que faz referência a "falta de fronteira" que é nada mais que a Felicidade. O número “8”, como ja demonstrei, aparece muitas vezes no seriado e atribui até ligações aos personagens. Uma observação clara é que Chavas é apaixonado por Patty, e chega até se corromper por conta dela, é uma demonstração de que a simplicidade pode se perder quando deseja a nobreza, o nome Patty é usado até hoje para determinar riqueza ( vem do termo “Patrícios” que em Roma significava “Nobre”).

Considerações Gerais:

Como eu já disse também, após analisar os personagens todos nos identificamos com suas características: Chiquinha = vaidade; Quico = necessidade de poder; Madruga = comodismo; Girafales = orgulho; Florinda = necessidade de ordem; Pópis = egoísmo; Clotilde = solidão; Barriga = compaixão; Jaiminho = preguiça e Chaves = simplicidade. O seriado faz alusão a vida harmônica entre pobres e ricos (estão na mesma escola, mesmas festas....), altos e baixos, gordos e magros e igualdade entre homens e mulheres - o que pode ser também o sentido simbólico do número 14 que, quando unido ao símbolo “∞" do infinito chegamos diretamente ao significado mistico de um Arcano Maior (no Tarot ou na Kabala ele é o n.° 14 e tem o sinal do infinito) que é o “equilibrio universal” da existência humana em si. O número 14 também é a ligação entre seu madruga (sua dívida) e Dona Florinda, faz todo o sentido se pensarmos pelo fato de que Florinda sendo a “Ordem ou a Lei” pode interceder (coisa que ela faz) para que ele permaneça morando no local (o artigo 25 dos direitos humanos é o “direito a moradia”).


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